quarta-feira, 3 de junho de 2015

Xadrez é Amizade!


No sábado dia 23.05.2015 por ocasião da 2ª Etapa do Circuito Sanfranciscano de Xadrez, tive a honra de rever o grande amigo, Professor Hélio Araújo que apareceu no evento apesar dos problemas de transporte, e por ser deficiente, dificultou a sua locomoção, mas para jogar xadrez não mediu esforços e participou da competição com galhardia. Ele tinha algumas provas de matemática para corrigir mas priorizou o seu esporte preferido.   
Com este grandioso exemplo de superação ele nos passou que a vida é uma eterna partida de xadrez, por isso devemos sempre ter a iniciativa para executar as nossas tarefas diárias. Quando Hélio ficou paralítico, devido a um acidente de moto  que o destino lhes pregou, ele não se sentiu em "Zugs" e foi a luta vencendo nos tabuleiros da vida.
Tal feito nos levou a fazer a seguinte indagação:   Por que jogamos xadrez?
Se esta pergunta for feita a cada um de nós, qual seria a primeira e espontânea resposta?
Sinceramente sem pensar duas vezes a minha seria: "Eu jogo xadrez para fazer amigos". O resto deve vir depois.
Com certeza se tivermos isso como meta e objetivo estratégico maior, todos os outros se tornam mais fáceis e perfeitamente alcançáveis.
É na harmonia dos nossos pensamentos que as jogadas da vida saem e vão para o mundo em forma de mensagem, evocando a união dos povos para um desejo comum.
Mesmo em ambientes competitivos, porque xadrez assim como na vida é uma competição e quando acaba um torneio ou uma simples partida, contabilizamos nossos aprendizados e passamos a exercer a parte mais importante que é a de fazer amigos.
É isso que passo para os meus alunos diariamente em minhas aulas.
Ser um mestre de xadrez é uma consequência natural, mas ser amigo de um adversário que acabou de derrotar as suas ideias é aceitar o plano de paz Divinal que consolida uma amizade. 
O paradoxo sempre nos coloca frente a frente com os nossos pensamentos, e, quando exemplificamos o xadrez é como se ele fosse uma mola propulsora das nossas vidas.
Vocês amam o que fazem na vida cotidiana? Não precisa jogar xadrez, mas o jogo da vida ensina que não se deve perder a vez. Simplesmente é isso que fica como exemplo.
Uma derrota no universo quadrado, eleva os nossos propósitos para um plano futuro de vitória, e o ciclo da vida nos dará uma revanche, talvez numa oportunidade única a qual deve ser aproveitada.

Eu me sinto bem num ambiente enxadrístico porque a minha alma viaja e a minha vida pega carona.
Um abraço fraternal a todos os nossos amigos do xadrez.

2 comentários:

  1. Obrigado pelo belo texto. Parabéns.

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  2. Obrigado!
    O Xadrez na sua essência é um esporte inclusivo, pois permite que qualquer ser humano se confronte dentro de um universo quadrado de uma forma igualitária.
    Um abraço a todos.
    Valeu!

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