BIOGRAFIAS DE MESTRES

Henrique Mecking

Mequinho
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Informações pessoais
Nome completoHenrique Costa Mecking
Nascimento23 de janeiro de 1952
Santa Cruz do Sul, Brasil
Nacionalidade Brasil
TítulosCampeão gaúcho; Campeão Brasileiro; Campeão Sul-Americano
Henrique Costa Mecking (Santa Cruz do Sul, 23 de janeiro de 1952), mais conhecido como Mequinho, é um enxadrista brasileiro.

 

 É o maior jogador de xadrez brasileiro de todos os tempos. Teve seu auge no ano de 1977, quando foi considerado o terceiro melhor jogador do mundo, superado apenas por Anatoly Karpov e Viktor Korchnoi.[1]

Suas vitórias nos fortíssimos Torneios Interzonais de Petrópolis 1973 e Manila 1976 lhe valeram a oportunidade de participar do Torneio de Candidatos, sequência eliminatória de matches para definir o desafiante ao título mundial. Em ambas as oportunidades foi eliminado no match inicial - em 1974 por Korchnoi e em 1977 por Lev Polugaevsky.
Uma doença grave - a miastenia, que compromete seriamente o sistema nervoso e os músculos - fez Mequinho abandonar as competições em 1978. Chegou a iniciar sua participação no Torneio Interzonal do Rio de Janeiro (1979), em uma tentativa de classificar-se para o Torneio dos Candidatos pela terceira vez consecutiva, mas, atendendo a ordens médicas, deixou o torneio antes da conclusão da segunda rodada. Depois disso afastou-se dos tabuleiros por mais de dez anos.
No estágio mais grave da doença passou a frequentar os cultos da Renovação Carismática Católica. Ao se recuperar, passou a dedicar-se integralmente à religião, mas sempre alimentou a esperança de voltar a jogar xadrez.
Mequinho voltou a jogar em 1991, num match de 6 partidas contra o GM Predrag Nikolic. Demonstrou um jogo muito forte, mas por estar longo tempo parado, foi vencido pelo iugoslavo (1 derrota e 5 empates). Em 1992, jogou um match contra o GM Yasser Seirawan, mas depois desta nova derrota, afastou-se por longo tempo.
Em 2000, retornou aos tabuleiros para disputar um match contra outro grande mestre brasileiro Giovanni Vescovi, na época tricampeão nacional.
Mequinho mostra que é ainda um jogador de muita força, apesar de dedicar a maior parte de seu tempo à sua fé religiosa. Uma prova disso foi em 2001, no Magistral Najdorf - Argentina, ter empatado com Judit Polgar, a maior enxadrista da história, e também com o seu antigo adversário Viktor Korchnoi.
Mequinho também participa de torneios online, como os realizados no ICC (Internet Chess Club). Nele jogam cerca de 25000 jogadores de alto nível, sendo que 200 deles são grandes mestres, sendo que por mais de 10 vezes Mequinho chegou a ser o primeiro do ranking.
Em 2003, a convite do mestre internacional Alexandru Sorin Segal, vem participar dos Jogos Regionais, representando a cidade de Ilha Solteira e ajudando a equipe a ser campeã, classificando-a para os Jogos Abertos, onde se tornaria vice-campeã.
De 2005 a 2008 disputou os Jogos Regionais e os Jogos Abertos pela cidade de Taubaté, onde reside.
Em 2008, Henrique Mecking venceu o I Campeonato Brasileiro por Internet, organizado pela Federação Brasileira de Xadrez e disputado nos servidores do Internet Chess Club, após final contra o GM Rafael Leitão. O título foi decidido após um tie-brake.
Em 2009 recebeu o convite para representar a cidade de São Bernardo do Campo nos Jogos Regionais, e nos Jogos Abertos.
Atualmente Mequinho é o número 5 do Brasil, com uma pontuação de 2548 no rating FIDE de janeiro de 2010.

Títulos obtidos

  • 1959 – Vice-campeão de São Lourenço do Sul/RS;
  • 1964 – Campeão gaúcho absoluto;
  • 1965 – Campeão brasileiro absoluto;
  • 1967 – Campeão brasileiro absoluto e sul-americano absoluto. Recebe o título de mestre internacional (MI);
  • 1970 – Vencedor do Torneio Internacional de Bogotá, Colômbia;
  • 1971 – Ganhador do Torneio Internacional de Vrsac, Iugoslávia;
  • 1972 – Recebe o título de grande mestre internacional (GM), campeão sul-americano;
  • 1973 – Vencedor do Torneio Interzonal de Petrópolis/RJ, sendo classificado para o Torneio dos Candidatos, última eliminatória do Campeonato Mundial;
  • 1975 – Segundo colocado no Torneio Internacional de Las Palmas, Espanha e, também, segundo colocado no Torneio Internacional de Manila, Filipinas;
  • 1976 – Vencedor do Torneio Interzonal de Manila, Filipinas, classificando-se novamente para o Torneio dos Candidatos;
  • 1978 – Terceiro melhor jogador de xadrez do mundo pelo ranking da Federação Internacional de Xadrez (ELO 2635);
  • 2006 - Vencedor do "2nd Festival Scacchistico Internazionale città di Lodi" (torneio aberto de Lodi) [2]
  • 2008 - Vencedor do I Campeonato Brasileiro por Internet organizado pelo Confederação Brasileira de Xadrez.
Fonte: Wikipédia


Giovanni Vescovi


Giovanni Vescovi, Linares 2008
Giovanni Portilho Vescovi (Porto Alegre, 14 de junho de 1978) é um enxadrista brasileiro, detendo o título de Grande Mestre Internacional, desde 1998. Começou a jogar xadrez com três anos de idade.
Em 1987, tornou-se Vice-Campeão Mundial Mirim, primeiro brasileiro a conquistar este título, e iniciou sua extensa série de conquistas. Com jogo arrojado e criativo, produziu algumas das mais belas partidas do xadrez brasileiro e teve várias combinações publicadas no Sahovski Informator, Chess Base Magazine, New in Chess e Europe Échecs.
Vescovi já participou de diversos eventos internacionais por mais de trinta países. É poliglota, dominando cinco idiomas, além da língua materna: espanhol, inglês, alemão, sueco e russo. Reside atualmente em São Paulo, onde cursa a faculdade de Direito.
Vescovi conquistou o título de campeão do 76º Campeonato Brasileiro de Xadrez Absoluto, disputado entre os dias 2 e 11 de dezembro de 2009, em Americana, São Paulo. Vescovi terminou a competição com 8,5 pontos, resultado de sete vitórias, três empates e somente uma derrota. A segunda colocação ficou com o GM Gilberto Milos, que terminou invicto, com 8 pontos.
Em janeiro de 2010, com 2.660 pontos, foi considerado o melhor enxadrista do Brasil e o 64º melhor enxadrista do mundo.[1] Em dezembro, ganhou seu sétimo título brasileiro.[2]

Fonte: Wikipédia




<>1963 - ) Harry Weinstein ('Garry Kasparov')
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Nasceu em Baku, capital do Azerbaijão, seu nome foi mais tarde mudado para Garry Kasparov para fazer soar mais "russo". Aos 17 ele ganhou o Campeonato Mundial Júnior e se tornou o mais jovem campeão do mundo aos 22 batendo Karpov em 1985. Ambos, Kasparov e Karpov elevavam-se acima de seus contemporâneos por outros 10 anos e manejavam fãs para a maior rivalidade da história do xadrez. Em 1993, Kasparov perdeu o campeonato da FIDE por recusar a jogar sobre as regras da FIDE e em vez disso, ajudou a fundar a Associação Professional de Enxadristas (PCA). Em 1995 ele bateu Anand para superar Fischer como o melhor jogador rankiado, mas foi o seu jogo contra o supercomputador da IBM - Deep Blue - que trouxe ele alguns de suas maiores publicidades. Em 1996 ele defendeu a honra de toda espécie humana batendo a supermáquina 4 vitóris contra 2 em 6 jogos, mas depois, a IBM fez muitos ajustes e Deep Blue voltou muito mais forte e em sua revanche em 1997, Kasparov sentiu (3.5 - 2.5).

Estilo:
Kasparov calculava rapidamente e encontrava ricas novidades de aberturas, os quais são usualmente o produto de preparação profunda. Freqüentemente ele iria desistir de um peão ou um sacrifício material assim que suas peças tivessem mais mobilidade. Ele muitas vezes surpreendia os espectadores escolhendo descartadas aberturas assim como Gambito Escocês ou o preciso Gambito de Evans. Basicamente ele começava com 1. d4 e geralmente defendia-se contra 1. e4 com Siciliana de dois lados.
Fonte: Xadrez Brasil


<>(1943 - ) Robert James 'Bobby' Fischer
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O mais polêmico e, possivelmente o maior enxadrista de todos os tempos, Robert James ("Bobby") Fischer, dominou seus contemporâneos e estabeleceu-se como lenda viva antes mesmo de abandonar os torneios e matches após conquistar o título mundial contra Spásski. Antes disso, alcançara o rating mais alto, 2 870, da FIDE-Elo, baseado em seus resultados totais; venceu sucessivas eliminatórias de candidatos contra grandes-mestres de categoria internacional como Taimanov e Larsen por 6 a 0 e, por causa de um terrível descuido e uma penalidade, deu a Spásski duas partidas de vantagem na série pelo título mundial antes de derrotá-lo com alguma facilidade.
Fischer aprendeu a movimentação das peças aos seis anos de idade, mas sua primeira grande oportunidade como jovem enxadrista veio quando sua mãe decidiu instalar-se no Brooklyn. A popularidade do xadrez em Nova York, com os grandes clubes Manhattam e Marshall e uma infinidade de bares dedicados ao jogo, tem se mostrado um ambiente formador de vários grandes-mestres norte-americanos em potencial, e Fischer modelou seu jogo com incessantes partidas relâmpago aliadas ao estudo da literatura referente ao xadrez soviético. O resultado desse treinamento intensivo e do total abandono dos estudos escolares para dedicar-se ao xadrez foi uma conquista única em torneios: Fischer tornou-se campeão masculino dos Estados Unidos aos catorze anos de idade.
Provavelmente, naquela época Fischer não sabia quão íngremes eram os degraus restantes para o título mundial, detido então pelo envelhecido Botvinnik, quando se qualificou para o Torneio de Candidatos na primeira tentativa e se tornou, aos quinze anos, o grande-mestre mais jovem de todos os tempos. A sólida falange dos soviéticos superou facilmente seu rival menos experiente em 1959 e 1962 e Fischer requisitou então, com sucesso, que o sistema fosse modificado, passando de um torneio para uma série de eliminatórias entre os oito desafiantes finais. Foi com esse novo sistema que, em 1971, ele passou por todos os seus rivais e derrotou Spásski no ano seguinte.
O grande público há de lembrar-se de Bobby mais por suas excentricidades e rixas do que por seu estilo excepcional. Sua partida contra Reshevsky, em 1961, terminou com um escândalo e um processo judicial, e ele abandonou o Interzonal de 1967 quando estava à frente de todos por causa de uma disputa relativa à tabela do torneio. Só voou para a Islândia, onde deveria enfrentar Spásski, depois que o patrocinador britânico dobrou seu cachê de 50000 libras, e não abandonou o match contra Spásski por interferência pessoal do secretário das Relações Exteriores norte-americano Henry Kissinger. Finalmente, Fischer abdicou do título mundial sem qualquer briga quando a FIDE recusou sua proposta de declarar vencedor o primeiro que ganhasse dez partidas, sendo que o empate de 9 a 9 manteria o título nas mãos do campeão.
As exigências financeiras de Fischer eram incríveis. Tanto o match projetado contra Karpov quanto a partida de retorno contra Gligoric em 1979 - que também não deu em nada - sairiam por um milhão de dólares ou mais. Apesar das afirmações de que as cotas de Fischer beneficiavam também os mestres comuns, havia um enorme contraste entre essas somas e aquelas em jogo nos torneios internacionais costumeiros. Depois, havia ainda suas implicâncias relacionadas à luz, ao barulho dos espectadores e outros detalhes associados ao jogo evidente que Fischer, a essa altura, chegara a um estado onde o medo da derrota e de jogar em público dominavam seu pensamento. O que poderia realçar mais sua reputação lendária do que uma vitória contra Karpov?
Talvez circunstâncias financeiras desfavoráveis forcem-no a jogar novamente, mas o mais provável é que Fischer permaneça, junto com Morphy, como o único grande-mestre a abandonar completamente o xadrez no auge da fama. O que pode o enxadrista comum aprender com Bobby Fischer? Primeiramente, a vontade de vencer. O instinto lutador de Fischer fazia-o continuar em busca de oportunidades de vitória mesmo em posições onde a maioria dos mestres teria se contentado com o empate. Sua resposta às ofertas de empate prematuro era "claro que não". Era fisicamente difícil jogar contra ele; seus olhos fundos e hipnóticos e seus traços aquilinos fixavam-se apaixonadamente no tabuleiro, de onde raramente se levantavam para observar outras partidas. Fischer tem braços e dedos longos que usava para tomar as peças adversárias, quando as capturava, como uma ave de rapina.
A vontade de vencer permitiu-Ihe chegar à frente de seus adversários por margens recordes e esperava-se sempre uma marca de 100 por cento. Apenas Alekhine tinha semelhante fanatismo mas, ao contrário dele, Fischer sempre se mantinha em boa saúde quando enxadrista ativo. Tecnicamente, Fischer conhecia em profundidade as linhas de abertura agudas que analisava incessantemente antes dos torneios; nas posições simples, sua estratégia era tão pura e límpida, para chegar a seu objetivo, quanto a de Capablanca. Empregava seu conhecimento das aberturas especialmente bem com as brancas, quando ganhava tipicamente a iniciativa e o controle espacial para então comprimir o adversário cada vez mais na defesa até que sua resistência ruísse.
Entre 1966 e 1970, encontrava-se praticamente aposentado, mas quando apareceu no "Match do Século", em que o time soviético venceu por pouco um selecionado do resto do mundo, jogou imediatamente uma partida digna de seu estilo contra Petrossian. Parte da razão do imenso interesse do público por Fischer era sua capacidade de produzir suas melhores e mais espetaculares partidas nas ocasiões mais importantes. Isso ocorreu quando se encontrou mais uma vez frente a Petrossian, no ano seguinte, em Buenos Aires, para a eliminatória final na série pelo título de campeão mundial, de onde sairia o desafiante de Boris Spásski. Quando Fischer começou ganhando, a publicidade mundial cresceu, e multidões tomaram o salão para dar uma espiada nos grandes-mestres. Fischer respondeu com uma das melhores partidas de sua vida, cujos estágios finais ilustram o poder de seu final favorito: torre(s) e bispo superando torre(s) e cavalo no tabuleiro aberto.

Estilo:
Fischer é caracterizado por extensas análises de aberturas. Ele desprezava empates e tinha uma intensa vontade de ganhar. Seu estilo era direto, robusto e muito agressivo. Com as brancas ele começava com 1. e4 o qual ele chamava de "melhor testado" e ocasionalmente aparecia um Gambito do Rei. Com as pretas ele constantemente defendia com Siciliana (Najdorf) ou Índia do Rei

Fonte: Xadrez Brasil

1976 - ) Judith Polgar



Nasceu em Budapeste, Hungria. Ela foi a caçula de três irmãs que se tornou grandemestra depois de seu pai treiná-las desde o seu nascimento para se sobressaírem no xadrez. Ela alcançou o título aos 15 anos e se tornou a mulher mais bem ranqueada da história antes de chegar aos 10 melhores, por ganhar um "match" treino de 10 partidas contra Spassky em 1992. Em 1998 ela também bateu Karpov por 5-3 em partidas de 25 minutos para cada um. Ela lutou para chegar ao topo, somente competindo em eventos mistos, apesar de teimosa resistência dos oficias Comunistas de xadrez em seu próprio país, que tentou demilitar ela e suas duas irmãs para jogar em torneios femininos.

Estilo:
Polgar é uma jogadora agressiva que invariavelmente abre com 1.e4 e esforça-se pela iniciativa desde o começo. 'Se tem uma boa opção, eu sacrifico até mesmo se leva risco, porque eu gosto de jogos bonitos, Mas eu também tento vencer' ela disse.
Fonte: Xadrez Brasil