quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Em que nível está o Xadrez Brasileiro?


Terminou o Campeonato Mundial da Juventude 2011 realizado em Caldas Novas –GO entre os dias 17 a 27 de Novembro, com os resultados abaixo:

SUB 8 M- Awonder Liang dos Estados Unidos
SUB 8 F – Bibissara Assaubayeva do Cazaquistão
Melhores Brasileiros: Victor Emanuel 16ª e Mariana Kadilhac 33ª

SUB 10 M – YI Zhu da China
SUB10 F – Alexandra Obolentseva da Rússia
Melhores Brasileiros: Hugo Yoshioka 63ª  e Andrea Merith 45ª

SUB 12 M –Murali Karthikeyan da Índia
SUB 12 F -  Zhansaya Abdumalik do Kazaquistão
Melhores Brasileiros: Tiago Lopes 36ª e  Marina Aguiar 34ª

SUB 14 M – Kirill Alekseenko da Russia
SUB 14 F – Aleksandra Goryachkina da Rússia
Melhores Brasileiros: Klaus Gotz 52ª e Ramyres Coelho 10ª

SUB 16 M – Jorge Cori do Peru
SUB 16 F – Nastassia Ziaziulkina da Bielorússia
Melhores Brasileiros:  João Paulo Casemiro 18ª e Artemis Pâmela 12ª

SUB 18 M- Samyel Ter-Sahakyan da Armênia
SUB 18 F – Meri Arabidze da Geórgia
Melhores Brasileiros: Lucas Aguiar 36ª e Daphne Tofano 26ª

Está na hora dos mandatários da Confederação Brasileira de Xadrez fazerem de forma reflexiva uma avaliação completa para diagnosticar o que está ocorrendo com Xadrez do Brasil e a partir desses resultados não alvissareiros, tirarem como exemplo fazendo uma reformulação para o futuro do nosso mundo quadrado.
Temos que reconhecer que não foram resultados esperados, pois precisávamos de medalhas para nos auto-afirmarmos e assim demonstrar a evolução do nosso esporte que cresce assustadoramente na esfera escolar em todo território nacional.
Eu não acredito que as lideranças do xadrez nacional estejam comemorando a jornada dos nossos enxadristas neste Mundial.
O diferencial foi Ramyres Coelho com um resultado expressivo e honroso 10º. Já no seu terceiro mundial, ela vem numa crescente e com certeza vai chegar ao topo pois encara os estudos com bastante dedicação. Conta a seu favor além do talento nato, o seu patrocínio que lhes dar oportunidade de ter todo aparato de treinamento técnico em nível superior com os renomados GMRafael Leitão e o professor Gerson Peres
No âmbito regional louvamos a participação do nosso aluno Álvaro Cristiano 69º, no Sub10, Michael Felipy 114º  no Sub12 e Mateus Augusto 116º no sub14. Eles tem muito talento, e como são estreantes, nos próximos mundias com mais experiências, trarão resultados positivos.
 Historicamente, depois de Henrique Mecking não ouvimos mais falar em brasileiros pelo menos entre os 10 melhores do Mundo. O nosso Mequinho chegou a figurar entre os três melhores do planeta. Verificando , na lista da FIDE do mês de novembro infelizmente não consta nenhum brasileiro entre os 100 melhores enxadristas do mundo
De lá para cá vimos a performance destacadas de Jaime Sunyê, Gilberto Milos, Geovani Vescovi, Rafael Leitão, André Diamant, Alexandre Fier. Geovani Vescovi foi vice campeão mundial Mirim e já chegou a ficar entre os 50 na Lista da FIDE. Rafael Leitão é o único brasileiro a conquistar três títulos Mundiais. Sagrou-se tricampeão mundial (duas vezes no Sub8 e uma no Sub16). Alexandre Fier foi Vice campeão mundial sub10.     
Em primeiro plano vem a massificação a qual está ocorrendo nesse momento. Depois vem assistência técnica aos destaques da base escolar para se chegar a um nível competitivo dentro do cenário mundial.
E aí esbarramos na grande questão que é falta do poder aquisitivo de muitos pais que são em grande maioria os PAITROCINADORES desses jovens talentos enxadrísticos com muito sacrifício.        
Por que não copiamos o modelo Peruano no apoio ao xadrez? Eles investem no xadrez escolar. A base é feita preparando os meninos e aqueles que se destacam recebem apoio integral para elevarem  os seus níveis..
 A maneira como governo do Peru encara esse desafio, serve de exemplo para qualquer país, que queira empregar uma política de esporte voltada para o xadrez escolar e o aprimoramento técnico para um melhor desempenho em competições..
Não sou o dono da verdade, pois me embasei em fatos estatísticos divulgado pelos sites. Cabe a discussão do assunto em pauta através dos meus escritos.
 Acredito muito no xadrez brasileiro e tenho certeza que num futuro atingirá um patamar desejado, mas para isso acontecer tem que haver o apoio do governo federal.

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