quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Entrevista com o Pernambucano MN Rafael Cabral

     Rafael Cabral (à esquerda) jogando o Aberto do Brasil 2015 em Petrolina-PE.   

Entrevista com o MN Rafael Cabral
Por : Emídio José Alves de Santana (Professor de Xadrez)

É o Atual BI-Campeão Pernambucano, feito conseguido  nas edições 2013 e 2014. O MN Rafael Cabral começou a praticar Xadrez aos 16 anos, portanto um pouco tardio para os padrões atuais, surgindo da base do Xadrez Escolar. Numa ascensão meteórica, foi considerado o terceiro melhor do Nordeste em 2010. Em 2014 foi campeão da categoria sub-2200 no Aberto de Florianópolis-SC e 37º melhor das Américas.
É uma das grandes revelações do xadrez no estado de Pernambuco, que vem buscando o seu espaço enfrentando novos desafios, como foi o Aberto do Brasil 2015 em Petrolina, conquistando o Vice-campeonato, e ganhando uma vaga para a semi final do Brasileiro Absoluto 2015.
          
1) Como e quando começou a praticar o xadrez?
- Aos 12 anos minha mãe havia me presenteado no dia das crianças com um jogo de xadrez miniatura. Naquela época eu não fazia ideia de como as peças se movimentavam, entretanto, ficava jogando dama com meus amigos na rua com o jogo de xadrez, até que depois nos mudamos do Cabo de Santo Agostinho para o Recife e por obra do destino havia uma garota na minha rua que sabia movimentar as peças e me ensinou..

2) Quais foram os seus maiores incentivadores?
- Carlos Capivara e Rogério Menezes

3) Diante da sua trajetória vitoriosa cite as suas principais conquistas.
- BI-Campeão Pernambucano Absoluto 2013/2014. 3º melhor do nordeste em 2010, campeão da categoria sub-2200 no aberto de Florianópolis e 37º melhor das Américas em 2014.

4) Qual o seu objetivo maior no xadrez?
- Conquistar o Mundo.

5) A intitulação de MF está próxima?
- Talvez.

6) Quando você concluir o curso de psicologia pretende continuar profissionalmente no xadrez?
- Sim! Estou muito bem no xadrez, bolando umas ideias legais e não pretendo nem tão cedo adotar outro caminho. Sobre o meu curso de psicologia ele está em segundo plano, caso dê tudo errado na minha carreira enxadrista.

 7) Quais foram as suas partidas com maiores graus de dificuldades no Aberto do Brasil de Petrolina?
- Contra o Yago, na 5ª rodada e tive dificuldades na segunda rodada não lembro bem o nome do meu adversário.

8) O que você achou das duas partidas que jogou contra os Petrolinenses Gilson Rosa e Fábio Pires?
- Contra o Gilson eu consegui elaborar um plano legal e contra o Fábio entrei em um final melhor, mas me enrolei.. . E não consegui aproveitar a pequena vantagem de espaço.

9) Quais são os seus ídolos no xadrez pernambucano, brasileiro e mundial?
- Yago Santiago, Alexandr Fier e Nakamura.

10) Qual o seu esporte preferido depois do xadrez logicamente?
- Curto muito andar de skate

11) Qual foi a sua melhor partida no “Esporte dos Reis”?
- A minha melhor partida foi contra o GM paraguaio José Cubas em Florianópolis no Floripa Open Chess!

12) O que é xadrez para você?
- Um enorme campo de possibilidades.

13) Você acredita no trabalho de base feito pelo Xadrez Escolar?
- Sim, acredito muito até porque o meu desenvolvimento veio da escola.

14) Você deixou uma grande impressão no Projeto CEMAM com as crianças, como ser humano. Seu carisma e humildade são marcas registradas da sua personalidade?
- A verdade é que adoro crianças, são muito puras e leais..

15) Defina o seu estilo de jogo em três palavras chaves?
- Agressivo, dinâmico e tático.

16) O que diria para as pessoas que acreditam no seu talento?
- Eu diria muito obrigado.

17) Tem algum conselho a passar para quem está começando no xadrez?
- Persistir sempre.. .

Obrigado! MN Rafael Cabral.

Boa sorte! Na sua carreira enxadrística.

2 comentários:

  1. O grande problema de enxadristas é que muitas vezes colocam o xadrez acima de tudo, o que de certa forma não é ruim, pois afinal de contas, quem é que não gosta de fazer aquilo que gosta? O ônus é ficar isolado do mundo e abrir mão das defesas que devemos ter para lidar com as grandes questões da vida.

    Uma formação cultural na educação formal e no próprio xadrez são decisivos para progredir no jogo. Se Rafael deseja ser psicólogo, não há exclusão nenhuma nos estudos da psicologia e do xadrez. Não foi o próprio Reuben Fine o pioneiro da correlação das duas áreas?

    ótima entrevista professor!

    Grande abraço!

    Caio Graco.

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    Respostas
    1. Obrigado! Grande Caio.
      A vida é uma eterna partida de xadrez. Se você não tem iniciativa a oportunidade passa e você perde a vez.
      Um abraço.

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