Foto: Afogados Xadrez Clube
Recife, 04 de Agosto de 2013
À
Direção Geral dos Jogos
Escolares de Pernambuco
Nesta
REF. COMPETIÇÃO DA
MODALIDADE XADREZ
Vimos através desta,
demonstrar o nosso descontentamento por algumas falhas ocorridas na competição
de xadrez dos jogos escolares realizada no sábado dia 03 de agosto de 2013, no
salão de eventos do Hotel Jangadeiro.
Até a meia noite da sexta
feira ainda não tínhamos conhecimento do local exato para a realização da
competição. Como se sabe, de acordo com o comunicado oficial previa para o
Hotel Recife Praia.
Entramos em contato com o
Coordenador da modalidade, o Sr. Gerado Anacleto que demonstrou completa desinformação
afirmando que seria num “Hotel no Bairro do Pina”, vindo logo após, retificar
que estava confirmado para o Hotel Jangadeiro. Acontece que à meia noite
recebemos uma outra informação que a competição seria mesmo no Hotel Recife
Praia.
Todas as delegações não
tinham conhecimento da mudança do local da competição e só vieram a ter certeza
do local somente na manhã do sábado.
Quanto ao horário do início
da competição antes previsto para às 8h, isso veio a acontecer a partir das 10h48,
concluindo às 14h30. A conferência das cartelas foi de uma morosidade
inconcebível.
A organização e arbitragem cometeram um erro
gravíssimo em não ter estabelecido o comitê de apelação no início da
competição.
A competição transcorria
normalmente, foi quando na 3ª rodada aconteceu um fato corriqueiro em
competições escolares. A nossa atleta Emanuely de Castro, da Escola CEMAM de
Petrolina enfrentava a atleta July Kathly de Caruaru, a qual solicitou a presença da
arbitragem na mesa, alegando que a atleta de Petrolina havia repetido os lances
do jogo juntamente com a mesma por três vezes, aproveitando dessa premissa para
solicitar o empate.
A atleta de Petrolina não se
conformou com o pedido afirmando que não tinha acontecido a repetição dos
lances. Vale salientar que a atleta de Caruaru estava somente com o Rei contra
Rei, uma torre, um bispo e cinco peões no tabuleiro. A atleta July tinha
interesse no empate, pois se encontrava sem chances de ganhar a partida, contrapondo
com a opinião de Emanuely que fatalmente chegaria a vitória diante da
disparidade numérica da situação de jogo naquele momento.
Então, entrou em cena o
árbitro central, o Sr, Silas que revelou a falta de habilidade para administrar
esses tipos de ocorrências, como também de conhecimento das regras de xadrez. O
impasse entre as duas competidoras se resolveria com o seguimento normal da
partida, sob a presença constante do árbitro na mesa, a partir daquele
momento. Faltava somente aquela partida
para a conclusão da rodada.
Diante deste impasse, houve
uma discordância entre o Sr.Silas, árbitro Central e o Sr.Rogério Menezes
árbitro auxiliar. O Sr.Rogério comungava com a ideia de continuação da partida.
O que seria o correto. Na competição estavam presentes professores/árbitros a
exemplo do Sr.Carlos Lima (Kalloka), regularizado ID.CBX-509, o qual não foi
consultado.
Em nossa pesquisa realizada
no site www.cbx.org.br não constatamos os nomes dos dois árbitros ( Silas e
Rogério) que atuaram na competição.
Pela regra oficial da FIDE não
há obrigatoriedade de anotação dos lances de uma partida com o tempo de 21’.
Portando não tinha como comprovar a reivindicação da atleta de Caruaru da
repetição de lances por três vezes
naquela partida. Era a palavra de uma pela outra. Caberia ao Sr.Silas
acompanhar a partida, e doravante, caso viesse ocorrer tal irregularidade, o
mesmo teria ampla autoridade para decidir pelo empate ou não.
Mas ele ficou impotente
diante da situação, e erradamente solicitou que a platéia (pais e professores)
elegessem dois representantes para auxiliá-lo numa tomada de decisão conjunta,
ao nosso ver, sem necessidade. Desconsiderando
a opinião do técnico e professor Anderson Diego Santana, da Escola CEMAM, que comungava com a mesma ideia do
segundo árbitro de continuar a partida;.
Antes de se reunir o árbitro
falou para os presentes que existiam três caminhos a seguir: Vitória para
Emanuely,. continuação da partida ou o empate. Decidiu-se pelo empate numa
forma injusta, gerando insatisfação e inconformismo da nossa atleta Emanuely,
deixando-a em prantos, abalando-a psicologicamente e prejudicando-a no
rendimento competitivo no decorrer da competição.
Após o término da competição,
respeitosamente nos dirigimos ao árbitro solicitando uma relação dos resultados
gerais da competição, e não fomos atendidos, alegando o mesmo que mandaria o resultado
à Direção Geral para posterior divulgação através do boletim oficial.
Essa negativa ensejou com
outro erro grave do mesmo. Os resultados de uma competição têm que serem
expostos em local visível para que todos os envolvidos tenham conhecimento,
passando uma garantia da lisura e da transparência do evento.
Aliás, no transcorrer da
competição ele não expediu nenhuma listagem, seja com emparceiramentos ou até
com resultados parciais, de práxis em qualquer competição enxadrística.
O regulamento praticado nos
jogos escolares em Pernambuco está desatualizado, em desacordo com a
regulamentação da FIDE (Federação Internacional de Xadrez), que rege as leis
mundiais de xadrez. Em relação aos critérios de desempates o árbitro utilizou
scores progressivos os quais estão em desacordo com ao Congresso de
Istambul-Turquia de Setembro de 2012.
Na proclamação e divulgação
dos resultados finais da competição, a organização repassou os resultados do
computador do árbitro para uma anotação manual com os três classificados em
cada categoria.
Diante dos fatos lamentáveis
ocorridos na competição de xadrez vimos solicitar dessa conceituada Entidade Desportiva
do nosso Estado o empenho para que em competições futuras se convidem árbitros
competentes, para justificar a envergadura de um esporte campeão brasileiro.
Atenciosamente.
Anderson Diego da Silva
Santana
Professor e técnico do CEMAM
Digo-lhes mais, que a arbitragem desconhecendo as regras impostas pela FIDE, ainda fazem torneio com quatro rodadas, sendo que a FIDE não considera mais torneio oficial com menos de cinco rodadas.
ResponderExcluirIsso se dá em Pernambuco, por falta de comprometimento das autoridades dos jogos Escolares, principalmente na modalidade de xadrez, única que nos últimos três anos consecutivos enviou um representante de Pernambuco aos jogos sulamericanos da modalidade, ou seja, o xadrez pernambucano sempre tem um campeão ou vice-campeão dos jogos escolares brasileiros.
Ramyres.
ExcluirForam muitos, os erros cometidos pela organização. Com certeza o xadrez pernambucano é destaque no cenário nacional e internacional, merecendo um tratamento a altura do nível técnico praticado pelos nossos enxadristas. Você, Álvaro , Michael e Matheus são uma espécie de carro chefe do nosso esporte.
Apesar de ser uma competição do COB, a Federação deveria intervir para colocar árbitros capacitados numa competição desta envergadura.
Boa tarde!
ResponderExcluirEmídio, eu gostaria de saber, se possível, onde encontro uma escola de Xadrez, meu filho tem interesse em aprender! poderia me indicar?
Erica
ExcluirO professor Agnaldo Melo dar aulas todos os sábados pela manhã no Sest Senat.
Atenciosamente
Emídio